Professor (Brasil)
Márcio Steuernagel
Compositor, regente e pesquisador artístico brasileiro, Dr. art. Márcio Steuernagel é radicado em Curitiba, tendo residido e estudado na Áustria entre 2018 e 2022, em Viena e em Graz. Steuernagel recentemente concluiu seu Doutorado Artístico-Acadêmico (Doctor Artium) na prestigiosa Universidade de Música e Artes Performáticas de Graz (Universität für Musik und darstellende Kunst Graz), obtendo a máxima distinção concedida pela instituição (mit Auszeichnung) pela sua pesquisa e tese sobre a imperfeição na música como uma dimensão fundamental da composição e performance musical.
Steuernagel é regente titular da Orquestra Filarmônica da Universidade Federal do Paraná e Professor de Regência e Composição na Escola de Música e Belas Artes do Paraná/UNESPAR, regente do Ensemble Móbile, e membro fundador do Ensemble entreCompositores, com o qual dirigiu, de 2011 a 2017, a Bienal Música Hoje.
Mestre em Música pela UFPR, graduado em Composição e Regência pela EMBAP e em Música pela UFPR, Steuernagel estudou regência com Osvaldo Ferreira, Daisuke Soga, Fábio Mechetti, e Alpaslan Ertüngealp, e composição com Maurício Dottori e Germán Toro-Pérez, e em masterclasses com Stefano Gervasoni, Mark Andre, Chaya Czernowin, Isabel Mundry e Brian Ferneyhough, entre outros, tendo sido ainda acompanhado por José-Maria Sánchez-Verdú.
Suas premiações como compositor incluem o 1º lugar no Concurso Nacional de Composição Michel Debost (2005), o Prêmio Funarte (XVII Bienal de Música Brasileira Contemporânea, 2007), e o Prêmio Funarte de Composição Clássica (2010). Suas obras têm sido tocadas por ensembles como o Platypus Ensemble (Viena), a Nova Camerata e o Ensemble Móbile (Curitiba), e orquestras como a Orquestra Sinfônica do Paraná, Orquestra Filarmônica da UFPR e Camerata Antiqua de Curitiba. Steuernagel tem colaborado também com solistas de renome internacional como Eric Lamb, Kaoko Amano, Markus Sepperer, Stefanie Prenn, Marianna Oczowska, dentre muitos outros.
Steuernagel foi Maestro Assistente na Orquestra Sinfônica do Paraná de 2011 a 2013, e tem atuado como maestro convidado à frente de grupos especializados em música nova brasileiros e europeus, como o Ensemble Platypus – com quem colaborou intensamente entre 2018 e 2022 regendo em Viena, Salzburg e Graz – e em orquestras como Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro e Orquestra de Câmara da Cidade de Curitiba, com a qual realizou a estreia brasileira das Ramifications de György Ligeti (2015), e a estreia pan-americana de L'ideale lucente e le pagine rubate de Salvatore Sciarrino (2017), coroando sua expertise na direção de música nova, com dezenas de estreias de compositores nacionais e estrangeiros.